Projeto de lei que tentava banir 5G em Santa Catarina é arquivadoComo saber se uma oferta de Black Friday realmente vale a pena

Os atrasos do leilão são justificados por possíveis interferências com o sistema de TV aberta via satélite (TVRO). E Vicente Aquino, conselheiro da Anatel, propôs uma série de alterações para o edital:

algumas frequências não seriam vendidas em um bloco nacional, e sim em 14 regiões diferentes;os espectros das faixas de 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz seriam divididos em lotes de 10 MHz, e teriam que ser comprados pelas empresas interessadas em disputa de múltiplas rodadas ou em leilões combinatórios (CCA);o espectro à venda na frequência de 26 GHz seria reduzido pela metade;operadoras que arrematarem frequências terão que cumprir compromissos de cobertura, incluindo atendimento com 4G ou 5G em municípios com menos de 30 mil habitantes, rodovias e localidades que não contam hoje com serviço celular.

Como as mudanças são profundas, a Anatel fará uma consulta pública antes da licitação, e o conselheiro Emmanoel Campelo pediu vistas para diligências. Depois disso, a Anatel teria que fazer uma análise técnica e aguardar um parecer da Procuradoria Federal Especializada. Estima-se que, caso a consulta pública seja aberta até dezembro deste ano, a conclusão ocorreria em fevereiro de 2020; depois disso, o edital ainda ficaria seis meses em avaliação pelo Tribunal de Contas da União.

Ericsson e Qualcomm querem que leilão não atrase

Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, a Ericsson, fornecedora de equipamentos de redes para operadores, negou que o 5G traria interferências para as parabólicas. O representante da empresa disse que com o leilão em 2020, o Brasil teria a oportunidade de estar na vanguarda tecnológica, com apenas um ano de atraso do lançamento da tecnologia em relação aos Estados Unidos e Coreia do Sul. No passado, a Ericsson elaborou um estudo afirmando que o governo deixará de arrecadar R$ 25 bilhões em impostos caso a licitação ocorra em 2021. Já o presidente da Qualcomm, que fornece chips para celulares, pediu urgência e disse que o Brasil tem a chance de ser o primeiro país da América Latina a lançar a tecnologia, mas pode ser o último se tiver algum atraso.

Operadoras não têm pressa e se preocupam com gastos

O presidente da Vivo já afirmou que não se importa com um eventual atraso para o leilão de 5G se isso trouxer maior segurança aos investimentos. Ele diz que a proposta de Aquino, com blocos de 10 MHz, são insuficientes para o 5G, que precisa de uma frequência contínua e de pelo menos 80 MHz. A Claro mantém um posicionamento similar ao da Vivo: o grupo do mexicano Carlos Slim não deve ampliar investimentos para a nova tecnologia em 2020 na América Latina, mas já está preparando o terreno para a chegada da tecnologia. A TIM até tem pressa para o leilão de 5G, mas teme que a fragmentação da proposta de Aquino atraia investidores financeiros, que comprem espectro para depois revender mais caro para as operadoras. A Oi não tem pressa nenhuma para que o leilão aconteça: a operadora enfrenta um processo de recuperação judicial e passa por uma delicada situação nas finanças, mas pretende utilizar a tecnologia para expandir a banda larga fixa de alta velocidade. A operadora também quer comprar a faixa de 700 MHz para 4G das sobras do leilão anterior. Atualmente, várias operadoras brasileiras testam a tecnologia:

a Claro experimentou a tecnologia na feira Futurecom e fez uma apresentação musical utilizando hologramas transmitidos pela rede;a Oi já fez testes com 5G em Búzios e no Rock in Rio;a TIM já instalou a tecnologia em alguns municípios e terá uma degustação pública em lojas de diversas cidades brasileiras;a Algar, com alcance regional, efetuou testes abertos ao público em Uberlândia (MG), com uma rede montada com equipamentos da Huawei.

Até o momento, a Vivo não apresentou ao público nenhum teste com 5G. Com informações: Agência Câmara.

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