Cabo submarino de 40 Tb/s é ativado entre Brasil e AngolaFacebook terá cabo submarino entre Brasil e Argentina
O EllaLink terá 9.200 km de extensão com quatro pares de fibra, capacidade total de 72 Tb/s e vida útil de 25 anos. Ele vai passar pelas cidades de Praia Grande (SP), Fortaleza (CE) e Sines (Portugal), oferecendo conectividade para as capitais. O cabo está sendo construído pela Alcatel Submarine Networks (ASN), que faz parte da Nokia, e deve começar suas operações em 2020.
Cabo entre Brasil e Europa cria rota sem passar pelos EUA
O projeto foi elaborado pela Telebras em 2012, mas ganhou força no ano seguinte após as revelações de documentos vazados por Edward Snowden. A NSA (Agência de Segurança Nacional) conseguia espionar o e-mail e ligações de brasileiros, incluindo de altos membros do governo e da então presidente Dilma Rousseff. Por isso, autoridades brasileiras decidiram investir em um cabo submarino ligando nosso país à Europa, a fim de depender menos dos EUA. Como você pode notar, isso demorou bastante. Havia até a ideia de criar um serviço nacional de e-mail chamado Mensageria Digital e comandado pelos Correios, mas isso não foi para a frente.
Além disso, como a Telebras não tem dinheiro para financiar um cabo submarino, ela decidiu apenas comprar o “direito irrevogável de uso”. Ou seja, a estatal se comprometeu a adquirir capacidade do EllaLink quando ele estiver pronto. A dona do cabo é uma empresa europeia também chamada EllaLink. Já existe um cabo transatlântico ligando a América do Sul à Europa: trata-se do Atlantis 2, ativado em 2000 com capacidade de apenas 20 Gb/s (ou 0,02 Tb/s). Em 2018, foram ativados outros cabos submarinos no Brasil. O SACS (Sistema Atlântico Sul Cabo) liga Fortaleza a Luanda, na Angola; o SAIL (South Atlantic Inter Link) vai de Fortaleza até Camarões, na África; enquanto o BRUSA conecta nosso país aos EUA. Com informações: EllaLink, TeleSíntese.