A demanda é antiga: a AES Eletropaulo abriu um processo contra as operadoras na Aneel em 2016, de acordo com o TeleSíntese. Atualmente, as empresas de telecomunicações pagam R$ 3,14 por ponto de fixação para instalar os cabos de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura nos postes, sendo que a responsabilidade da ocupação é da empresa de energia elétrica.
Pela decisão, a Claro (que também controla a NET), a Oi, a TIM e a Vivo terão 90 dias para organizar suas instalações nos postes de iluminação da AES Eletropaulo. Se isso não acontecer, a distribuidora de energia elétrica poderá remover os cabos e equipamentos das operadoras. O ideal mesmo seria enterrar todos os fios, mas a AES Eletropaulo alega que as obras demorariam 33 anos e custariam R$ 100 bilhões, o que dobraria a conta de luz. Uma lei municipal de São Paulo determina o enterramento de 250 km de fios por ano; a empresa tem 44 mil km de instalações na área de concessão, sendo apenas 3 mil km de fios enterrados.