Nesta quinta-feira (7), o fundador da Meta publicou sobre um update que chegará em breve ao Meta Quest 2 — que se chamava Oculus Quest 2 quando a Meta ainda era o Facebook. É uma atualização ao Horizon Home que cria um ambiente de escritório, para que o usuário trabalhe dentro do metaverso, assim como Zuckerberg tem feito nos últimos meses. E o ambiente não é o dos mais agradáveis. Alguns seguidores de Zuckerberg escreveram comentários negativos sobre o novo local de home office do Horizon Homes. “Que coisa fora de moda e primitiva. Quem em santa consciência perderia tempo com isso? Parece aqueles espaços futuristas dos anos 80”, escreveu um. Outro reclama que a resolução de imagem Quest 2 simplesmente não é alta o suficiente para aproveitar o mundo virtual, muito menos trabalhar nele. O metaverso do Horizon tem três aplicativos de VR que foram lançados em dezembro: o Horizon Worlds, que foca em um mundo criado a partir de experiências do usuário, o Horizon Venues, feito para esportes e shows, e o Horizon Workplace, direcionado ao home office. Em fevereiro, o Worlds e o Venues tinham 300 mil usuários, o que pode ser considerado pouco frente aos 10 milhões de donos do Meta Quest 2. Nem mesmo a porta-voz da Meta informou ao Engadget se os próprios funcionários da empresa estão usando o Horizon para trabalhar. De acordo com Zuckerberg, é possível usar o home office do metaverso para “receber ligações, ler e-mails ou desenvolver seu próximo grande projeto”. Como o home office em VR é uma novidade, o espaço ainda não está bem estruturado para todas as demandas de um dia exaustivo de trabalho. O aplicativo de e-mails do Spike para o Quest 2, por exemplo, não tem o recurso de anexar arquivos às mensagens — algo que pode ser feito desde 1998 em um computador convencional. Já o Instagram e Facebook ainda estão na fase beta para o aparelho. Enquanto o trabalho remoto no metaverso parece ser uma realidade um pouco mais distante do que a Meta gostaria, o mercado de VR está mais aquecido do que nunca. De acordo com a IDC, as vendas de headsets de realidade virtual quase dobraram em 2021 em relação a 2020 — 11,2 milhões de produtos do tipo foram comercializados no ano passado. Com o Meta Quest 2 sendo o aparelho da categoria mais vendido no mundo, a dona do Facebook está apostando bastante no sucesso do metaverso, investindo US$ 10 bilhões em sua criação.
Meta tem projeto para criar a moeda Zuck Bucks
Para além do metaverso, aparentemente a companhia controlada por Mark Zuckerberg está criando uma moeda digital que ganhou o apelido interno de Zuck Bucks, em homenagem ao fundador e CEO. De acordo com o jornal Financial Times (FT), o ativo não será uma criptomoeda, mas sim um token para ser gasto dentro do metaverso — algo parecido com os Robux e V-bucks, que só tem valor dentro dos videogames Roblox e Fortnite, respectivamente. Os Zuck Bucks seriam centralizados e controlados pela Meta, que pode formar um mercado em torno da moeda virtual. O FT diz ainda que a Meta tem planos para lançar um programa de NFT no Facebook por volta da segunda metade de maio, onde usuários poderão postar e compartilhar tokens não fungíveis. Segundo um documento interno obtido pelo jornal, a companhia vai introduzir duas assinaturas de grupos na rede social baseadas em NFTs: uma para donos e a outra para cunhagem do ativo. Um programa de recompensa com base em “tokens sociais” ou “tokens de reputação” também está nos planos da companhia de Zuckerberg. Esse tipo de prêmio poderá ser fornecido a cada “contribuição significativa de um usuário a um grupo de Facebook, por exemplo”, como descobriu o FT.