Leilão do 5G enfim ocorreu: veja o que vai para Claro, TIM, Vivo e mais12 celulares com 5G para comprar no Brasil em 2021
De acordo com O Globo, trata-se de uma cooperação entre Anatel e Embraer para verificar se as novas frequências usadas pelo 5G causam interferências nos altímetros que operam por rádio. Por outro lado, o Estadão informou que fabricante enviou um ofício para a agência informando sobre a realização dos estudos, com a solicitação de apoio do órgão para definição dos testes. A Embraer ainda informou que o problema de interferência em questão se aplica unicamente às suas operações nos Estados Unidos, mas que tem colaborado continuamente com autoridades aeronáuticas para garantir segurança nas operações de suas aeronaves. Ainda de acordo com o Estadão, a Anatel não prevê que o estudo traga qualquer alteração nos prazos de implementação do 5G no Brasil. Claro, TIM, Vivo e operadoras regionais que compraram licenças na frequência de 3,5 GHz deverão instalar pelo menos uma antena para cada 100 mil habitantes em todas as capitais brasileiras até julho de 2022.
5G pode causar interferência em aviões?
A possível interferência do 5G na aviação tem protagonizado diversos noticiários estrangeiros. Nos Estados Unidos, operadoras como AT&T e Verizon concordaram em adiar a utilização da frequência de 3,5 GHz após grande pressão por parte do governo e empresas do setor de aviação. A preocupação é que o 5G na frequência de 3,5 GHz interfira nos altímetros. Esse equipamento, que na aviação opera por ondas de rádio, é utilizado para medição de altitude e auxilia pousos e decolagens. A FAA, agência federal de aviação dos Estados Unidos, argumenta que o 5G pode causar interferências pela operação em frequências muito próximas. Os altímetros operam na faixa de 4,2 GHz a 4,4 GHz, enquanto o espectro liberado para uso comercial no país vai até 3,9 GHz. No Brasil, essa não parece ser uma preocupação muito grande. A Anatel leiloou o espectro para uso comercial entre 3,3 GHz a 3,7 GHz, o que deixa uma banda de guarda de 500 MHz até a frequência utilizada pelos altímetros. Por enquanto, nenhuma operadora brasileira utiliza a frequência 3,5 GHz de forma comercial, uma vez que é necessário aguardar a liberação por parte da Anatel. O espectro está atualmente ocupado pela TV aberta via satélite (TVRO), e um cronograma de limpeza de faixa será executado com a migração das parabólicas existentes para a banda Ku.