Como consultar Score Serasa pelo CPF [Meu Score]O que é o Serasa Score? [Score de Crédito]
Na última semana, o MPDFT deu início a um inquérito civil contra as empresas. Segundo a 1ª Promotoria de Justiça e Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), a Serasa teria participação no bloqueio de celulares de devedores do eCred — serviço que funciona como uma espécie de marketplace, dando lugar para que empresas que prestam serviços de empréstimo e clientes se encontrem. A suposta ação, que travaria diversos recursos do celular do cliente inadimplente, permitindo apenas a realização de ligações de emergência, estaria prevista em um contrato. O promotor Paulo Roberto Binicheski, do MPDFT e da Prodecon, disse ao Tecnoblog que há provas de que esse bloqueio efetivamente acontece. “Inclusive há telas de telefone celular totalmente bloqueadas pelo aplicativo”, ressaltou. Apesar da acusação, a Serasa negou o envolvimento logo após a abertura do inquérito, dizendo que “não atua como correspondente bancário na operação questionada”. Já a SuperSim afirmou, na ocasião, que seu negócio “possui embasamento legal”.
Ministério da Justiça quer esclarecimentos
Procurado pelo Tecnoblog, o Ministério da Justiça confirmou que irá notificar a Serasa e demais empresas envolvidas na acusação para esclarecer os fatos denunciados pelo MPDFT. A apuração ficará a cargo da Coordenação Geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas (CGCTSA), da Senacon. De acordo com a autoridade, as empresas serão interrogadas sobre os mecanismos de bloqueio de celular utilizados, além das condições estabelecidas para que a interrupção de serviços aconteça. “Após as manifestações das partes envolvidas, será verificada a necessidade de instauração de processo administrativo sancionatório, caso haja indícios de violação ao direito do consumidor”, concluiu o ministério em comunicado. Essa não é a primeira vez que a Serasa é alvo de investigações do Ministério da Justiça. Em 2021, a empresa foi notificada após o megavazamento de 223 milhões de CPFs. Entretanto, não ficou comprovado que a companhia foi, de fato, a origem dos dados vendidos por criminosos. Colaborou: Pedro Knoth