YouTube indica os melhores celulares para assistir a vídeos
O New York Times testou diversos sites que oferecem visualizações falsas no YouTube. A meta era emplacar entre 2 mil e 25 mil views em vídeos com discursos presidenciais dos EUA. Os preços variavam entre US$ 15 e US$ 135. Dos nove serviços analisados, sete atingiram o número contratado.
O NYT avisou o YouTube sobre as visualizações compradas; os vídeos estão em um canal criado especificamente para o teste. A empresa disse que esses serviços usaram duas vulnerabilidades que já foram corrigidas. No mesmo dia, o repórter comprou mais views de seis sites diferentes. Em uma semana, quatro dos “fornecedores” entregaram o valor solicitado. Jennifer Flannery O’Connor, diretora de gerenciamento de produto no YouTube, diz que os “sistemas de detecção de anomalias são realmente bons”. Há uma equipe antifraude — com engenheiros, estatísticos e cientistas de dados — que até compra visualizações nesses sites para entender melhor como eles operam. Segundo o YouTube, suas equipes trabalham para manter o número de visualizações falsas abaixo de 1% do total — o que ainda é bastante, dado que a plataforma tem mais de um bilhão de usuários. O’Connor reconhece que os ataques “ficaram cada vez mais fortes e sofisticados”. Nem sempre é possível detectá-los: esses serviços usam tráfego automatizado e vídeos pop-under para inflar visualizações, e vêm tornando esse comportamento mais “humano” com usuários que já assistiram a outros vídeos.
“Há sempre uma maneira de driblá-los”
“Eles tentaram impedir isso por muitos anos, mas não conseguem. Há sempre uma maneira de driblá-los”, diz Martin Vassilev, do site 500Views, ao NYT. Ele enriqueceu com essa atividade, e hoje tem uma casa e uma BMW; seu faturamento foi de US$ 200 mil só este ano. Pior: o Google mostra esses serviços — como BuyYouTubViews e GetLikes.click — em seus resultados de busca e até em propagandas. Anúncios com termos como “compre visualizações do YouTube” são proibidos, mas acabam sendo aprovados com palavras escritas intencionalmente erradas, por exemplo. “A manipulação da contagem de visualizações será um problema enquanto as visualizações e a popularidade que elas sinalizam sejam a moeda do YouTube”, diz Blake Livingston, ex-membro da equipe antifraude. Mas qual alternativa a plataforma poderia seguir? A reportagem completa do NYT está disponível em português na Folha.