Telescópio espacial James Webb: saiba tudo sobre o maior observatório da NASATelescópio James Webb pode ter encontrado galáxia anã e estrela supergigante
As descobertas são resultados de análises conduzidas por pesquisadores. Em apenas quatro dias de trabalho, eles encontraram duas galáxias curiosamente brilhantes nas imagens do programa GLASS-JWST Early Release Science, que parecem ter existido aproximadamente 450 e 350 milhões de anos após o Big Bang. O brilho pode ser resultado da grande massa delas, composta por várias estrelas pouco massivas.
Outra possibilidade é que as galáxias talvez sejam menos massivas, e seriam formadas por menor quantidade de estrelas extremamente brilhantes. Neste caso, as estrelas seriam da chamada “População III”, ou seja, elas seriam as primeiras que se formaram, compostas apenas por hidrogênio primordial e hélio.
A galáxia mais distante, chamada GLASS-z12, impressionou Rohan Naidu, coautor de um dos estudos que descreve as descobertas. “Ficamos maravilhados de encontrar a luz estelar mais distante já observada antes, apenas alguns dias após o Webb publicar seus primeiros dados”, comemorou.
Enquanto GLASS-z12 pareceu existir 350 milhões de anos após o Big Bang, a recordista anterior GN-z11 existiu 400 milhões de anos após o início do universo. “De fato, a fonte mais distante é muito compacta, e suas cores parecem sugerir que sua população estelar não tem elementos pesados, e pode conter até algumas estrelas de População III”, sugeriu Adriano Fontana, coautor de um dos estudos.
Os pesquisadores destacam que as distâncias das galáxias ainda precisam ser confirmadas com dados da espectroscopia. Além disso, as observações sugerem que as galáxias do universo primordial são muito mais brilhantes do que se esperava, o que pode “ajudar” o telescópio James Webb a encontrá-las em outros estudos.
Os artigos que descrevem as descobertas foram publicados na revista Astrophysical Journal Letters.
Fonte: Astrophysical Journal Letters (1, 2); Via: ESA