O que é metástase | Entenda como um câncer se espalha pelo corpoJá existia câncer na Idade Média?
Na fase do estudo clínico recém-concluída, os pesquisadores testaram o uso da vacina de mRNA com o anticorpo monoclonal Keytruda em pacientes com câncer de pele (melanoma). Parte dos voluntários (grupo controle), recebeu apenas os anticorpos. No total, 157 pessoas foram recrutadas. Segundo as farmacêuticas, a vacina e o anticorpo reduziram, de forma significativa, o risco de reaparecimento da doença. Em breve, os dados do estudo de fase 2b não foram publicados em uma revista científica.
Quando começa a última fase da vacina contra o câncer?
Até o momento, os resultados da vacina de mRNA contra o câncer são bastante positivos e a expectativa é que os testes da fase 3 sejam iniciados já em 2023. Antes disso, será preciso receber o aval de uma agência reguladora, como a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
Afinal, como funciona a vacina oncológica?
Para preparar o sistema imunológico, as vacinas de mRNA carregam uma molécula de mRNA sintético (material genético), que ensina as células do organismo a produzirem determinadas proteínas (neoantígenos). Estas proteínas são produzidas e serão identificadas pelo sistema imunológico. Através delas, o corpo aprende a reconhecer partes de possíveis inimigos e, com isso, impede a evolução de uma doença. No caso da vacina mRNA-4157/V940, ela foi projetada para estimular uma resposta imune específica para o câncer que o paciente está tratando, através da geração de células T personalizadas. Cada fórmula pode conter até 34 neoantígenos, desenhados e produzidos com base nas mutações das sequências de DNA do tumor do paciente. É uma tecnologia altamente especializada.
Vacina do câncer usa a mesa tecnologia do imunizante contra a covid-19
“O uso do mRNA foi transformador para [a imunização contra] a covid-19, e agora, pela primeira vez, demonstramos o potencial para o mRNA ter um impacto nos resultados de um ensaio clínico em melanoma”, afirma Stéphane Bancel, diretor-geral da Moderna, em comunicado. Além do melanoma, estão previstos estudos adicionais contra outras formas de câncer. Caso sejam bem-sucedidos, o uso da vacina de mRNA e do anticorpo monoclonal poderá aumentar e muito o leque de tratamentos oncológicos disponíveis para os pacientes. “O Brasil é o segundo país no mundo com o maior índice de câncer de pele, e a combinação de conhecimento entre as duas empresas combinando a vacina mRNA com imunoterapia é uma inovação que pode ajudar a trazer grandes benefícios aos pacientes brasileiros”, completa Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil. Fonte: Moderna