A notícia foi descoberta pela CNBC que relatou que a campanha de anúncios da SpaceX será divulgada na Espanha e na Austrália. Ainda que os dias exatos de sua veiculação sejam desconhecidos, já se sabe que ela deve aparecer para os usuários nas três primeiras vezes em que eles abrirem o Twitter ao longo de um dia (ou dias) da campanha. Documentos internos analisados pelo site apontaram que o pacote adquirido pela SpaceX foi o chamado “takeover”, um dos mais caros da rede social. Para se ter ideia, marcas que investem em campanhas desse nível costumam gastar até US$ 250.000 em divulgação. No caso do SpaceX, os valores despendidos até agora foram de US$ 160.000, mas não há informações se a campanha será posteriormente estendida a outras regiões, o que acarretaria em mais investimentos. Segundo a CNBC, funcionários antigos e atuais da SpaceX afirmaram que a empresa não tem um histórico de anúncios na rede social, tornando a medida adotada por Elon Musk algo fora dos padrões. O chefão do Twitter, no entanto, parece enxergar a ligação entre as suas companhias apenas como uma grande coincidência. Em uma resposta dada a um usuário em sua conta da plataforma, o magnata disse que, de fato, a SpaceX Starlink comprou um pequeno (e não grande) pacote de anúncios da rede, visando testar a eficácia de sua publicidade nos países escolhidos. Porém, isso não era um investimento exclusivo na plataforma, já que o mesmo havia sido feito no Facebook, Instagram e Google.
Twitter teve queda expressiva de anunciantes
Antes mesmo de Musk finalizar a compra do Twitter, já havia uma crescente preocupação entre as marcas anunciantes de que as coisas saíssem de controle após a aquisição. Na época, a grande apreensão dessas companhias era a de que o magnata tornasse menos rígida a moderação de conteúdos da rede, criando um ambiente tóxico e que prejudicasse a imagem das campanhas e consequentemente das marcas parceiras. Para tentar contornar o clima de insatisfação, no final de outubro, o bilionário fez uma declaração diretamente à essas empresas, procurando tranquilizá-las de seus passos. As explicações, no entanto, não foram suficientes e houve uma fuga em massa de muitas delas pouco tempo depois. Segundo a Reuters, uma longa lista de empresas pausaram ao menos momentaneamente suas publicidades na rede social. Nomes como a segurado alemã Allianz, a montadora General Motors Co, os conglomerados alimentícios Mondelez International e General Mills, a biofarmacêutica Gilead Sciences, a companhia aérea United Airlines e a farmacêutica Pfizer Inc são algumas delas. Com informações: CNBC e Reuters