O preço é passível de discussão, mas é inegável que a Titan V tem mesmo muito poder de fogo. A Nvidia fala em desempenho de até 14,9 teraflops em precisão única (FP32) e até 110 teraflops em aplicações de aprendizagem de máquina, capacidade esta nove vezes superior à apresentada pela também poderosa Titan Xp, placa lançada em abril. Esse ‘V’ no nome é uma referência à característica mais notável do modelo: o dispositivo é baseado no núcleo Volta GV100, o mesmo que equipa a Tesla V100, linha de placas voltada especificamente para aplicações de inteligência artificial e que, portanto, pode incrementar supercomputadores, por exemplo.
A arquitetura do Volta GV100 tem como base um processo de fabricação FFN de 12 nanômetros da TSMC. O que mais interessa aqui é que conseguimos encontrar um chip com 21,1 bilhões de transistores em um die de 815 milímetros quadrados. Outros números generosos fazem parte do pacote. Encontramos 5.120 núcleos CUDA divididos em seis clusters, frequência de 1.200 MHz (1.455 MHz em boost), 640 núcleos tensor (usados em aprendizagem de máquina), 320 TMUs (unidades para texturização), além de TDP de 250 W. A Nvidia Titan V também vem com 12 GB de memória HBM2, frequência de memória de 850 MHz, interface de 3.072 bits e velocidade de 1,7 Gb/s (gigabits por segundo). Com todas essas especificações, a largura de banda da memória chega a 652,8 GB/s (gigabytes por segundo). Outros detalhes incluem suporte a três portas DisplayPort e uma HDMI. Note que esta não é, necessariamente, uma placa de vídeo voltada para jogos pesados, embora nada te impeça de usá-la para esse fim. O principal objetivo aqui é atender ao crescente volume de processamento direcionado às aplicações de inteligência artificial. Levando esse aspecto em conta, o preço de US$ 2.999 não chega a ser ruim, certo?