O que é chuva de meteoros?Qual a diferença entre meteoro, meteorito, meteoroide, asteroide e cometa?
Alguns meteoros isolados podem começam a surgir a partir das 22h30 no dia 15, mas neste horário o radiante ainda estará muito próximo do horizonte. O radiante é o ponto de onde os meteoros parecem vir e sempre será próximo à constelação que empresta o nome à chuva — neste caso, a constelação de Gêmeos. Contudo, os meteoros não necessariamente aparecerão apenas perto da constelação. Por isso, é sempre bom ficar de olho em uma região mais ampla do céu durante a observação. Outros objetos tornarão esta chuva de meteoros ainda mais interessante. Por exemplo, Marte estará à esquerda acompanhando Gêmeos, enquanto a Lua minguante gibosa estará à direita. Entretanto, pode ser que o brilho lunar ofusque os meteoros naquela região. Ainda assim, a expectativa é que possamos ver cerca de 30 a 40 meteoros por hora. Tais características por si já jazem o espetáculo valer a pena, mas os amantes de astronomia ainda poderão contemplar a riquíssima região de Orion bem ao lado do radiante dessa chuva. Para astrofotógrafos, vale a pena tentar registrar imagens dos meteoros passando pela nebulosa de Orion, as Plêiades, e outros objetos celestes icônicos.
Como é a chuva de meteoros Geminídeas?
As geminídeas podem ser vistas em quase todo o mundo, mas, infelizmente, privilegiam mais os observadores no hemisfério Norte. Quanto mais ao Sul estivermos, mais o radiante estará perto do horizonte — e o horizonte é um dos maiores inimigos da observação astronômica, pois, quanto mais acima no céu, melhor. Os meteoros da Geminídeas viajam em velocidades de até 35 km/s, o que parece algo estupendo para os padrões humanos, mas outras chuvas podem atingir a velocidade de 71 km/s. Por serem mais lentos, os meteoros geminídeos deixam seus rastros luminosos por mais tempo no céu.
De onde vêm os meteoros Geminídeas?
Geralmente, as chuvas de meteoros são formadas por “sujeira” de cometas, mas este não é o caso da Geminídeas, que surge de pequenas rochas e destroços largados pelo asteroide 3200 Faetonte. A trilha de destroços do asteroide segue a mesma órbita da sua rocha “mãe”, porém eles são mais lentos, ficando para trás. Quando nosso planeta cruza a órbita deste asteroide e de seus “restos”, acaba atravessando o caminho de detritos, fazendo com que vários grãos atravessem nossa atmosfera e queimem devido ao atrito. E essa queima proporciona os rastros luminosos no céu noturno, nos chamados meteoros — ou estrelas cadentes, no linguajar popular.
Como observar a chuva de meteoros Geminídeas?
Para uma melhor experiência, o ideal é procurar algum lugar com pouca poluição luminosa e esperar pelo horário em que o radiante já não esteja mais tão próximo do horizonte. Também certifique-se de que o céu esteja livre de nuvens. Não é preciso olhar fixamente para o radiante, pois este é apenas o ponto de referência da chuva de meteoros. As “estrelas cadentes” poderão aparecer em outras partes do céu, com preferência ao norte, onde estará a constelação de Gêmeos.