Novo tratamento contra dor crônica é eficaz em roedores, revela estudo promissorPor que existe dor de cabeça, se o cérebro não sente dor?

Quando esse grupo de camundongos recebeu medicação para dor, voltou a se alimentar normalmente. Para entender a atividade neuronal responsável por essa mudança de comportamento, os pesquisadores analisaram os cérebros enquanto os animais sofriam de dor crônica, e encontraram sinalização de neurônios no córtex cingulado anterior, uma região do cérebro que processa a dor no córtex pré-frontal. Para determinar se essa sinalização estava relacionada à perda de apetite, a equipe administrou uma substância química que impede a sinalização neuronal no córtex cingulado anterior. Com isso, o apetite dos camundongos melhorou. O córtex pré-frontal geralmente não está associado ao controle do apetite, então para entender melhor como os neurônios no córtex cingulado anterior podem influenciar o apetite, a equipe injetou várias substâncias rastreáveis ​​nesses neurônios. Na prática, foi revelado que os sinais desses neurônios levavam à área hipotalâmica lateral, o “centro de alimentação” do cérebro. Exames com microscópios confirmaram que esses neurônios estavam ativos nos camundongos com dor crônica. Quando os pesquisadores usaram produtos químicos para interromper a atividade neuronal nesse córtex, o apetite dos camundongos melhorou. Os pesquisadores esperam que um circuito cerebral semelhante esteja em ação em humanos, que também costumam comer menos e perder peso se tiverem dor crônica. Com mais pesquisas, os cientistas esperam poder ajudar no desenvolvimento de analgésicos mais eficientes. Fonte: Nature Metabolism via New Scientist