Porém, no país africano, o Project Loon terá como base um acordo comercial. A Alphabet estabeleceu parceria com a operadora Telkom Kenya para aumentar a conectividade no território queniano, especialmente em regiões mais afastadas de centros urbanos ou que não contam com cobertura de telefonia móvel. Nenhuma das partes deu informações sobre custos ou prazo de implementação, por exemplo. Sabe-se, porém, que caberá à Telkom Kenya disponibilizar o sinal de internet, enquanto os balões do Project Loon se encarregarão de levá-lo a áreas remotas. O ideal é implementar infraestruturas permanentes de telecomunicações, mas a Telkom Kenya explica que tem dificuldades para executar esses procedimentos em áreas rurais. Nas palavras da operadora, essas regiões são tão distantes que fica difícil instalar fibra óptica ou conjuntos de antenas. Os balões preencherão essas lacunas. Estima-se que cada um deles pode cobrir áreas de até 5 mil quilômetros quadrados e sobrevoar as regiões atendidas por cerca de 100 dias seguidos.
Um detalhe que chama atenção é o fato de, como já dito, este ser um acordo comercial, o primeiro do tipo fechado para uso dos balões. Isso foi possível porque a divisão responsável pelo projeto — que começou como uma iniciativa do Google — se tornou uma subsidiária da Alphabet e, assim, conquistou alguma autonomia. O nome assumido é o mesmo da tecnologia: Loon. De um lado, o acordo é interessante pelo potencial de aumentar a conectividade do Quênia. Por outro, levanta preocupações sobre a dependência de uma única solução: se, por alguma razão, a Loon abandonar a parceria, as regiões beneficiadas ficarão sem acesso à internet de uma hora para a outra. Mas, pelo menos por ora, a expectativa de conectividade parece falar mais alto: prevalece o sentimento de é melhor correr os riscos de se usar uma única solução do que simplesmente ficar sem acesso à internet. Com informações: BBC.