Como usar o Telegram [Guia para Iniciantes]Como migrar as conversas do WhatsApp para o Telegram
O caso veio à tona depois de uma professora processar o Telegram alegando que seus materiais de estudos, como videoaulas e PDFs, estavam sendo propagados em diversos canais sem a sua autorização. Em defesa, o mensageiro disse que, com base na política de privacidade, nenhuma informação pode ser divulgada a menos que alguém seja suspeito de terrorismo. Para uma das juízas, que se opôs à justificativa do app, nem mesmo as leis que protegem a liberdade de expressão na Índia devem ser um obstáculo para a empresa fornecer à Suprema Corte os dados solicitados. Um outro juiz disse que o fato de o Telegram escolher a Cingapura para instalar seus servidores não deveria implicar que crimes cometidos na Índia fiquem sem punição. De acordo com a decisão, na era da computação na nuvem e da diminuição das fronteiras nacionais, os conceitos tradicionais de territorialidade não podem ser aplicados estritamente. “Os canais são claramente como a cabeça de hidra e estão surgindo um após o outro devido à facilidade com que podem ser criados, com apenas outro número de celular ou endereço de e-mail.” O Telegram ainda não comentou sobre a decisão.
Telegram quase foi banido no Brasil
Em março deste ano, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, ordenou a suspensão do Telegram no Brasil depois de o app desobedecer as exigências do STF. A decisão dizia respeito ao caso de Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista suspeito de coordenar uma rede de fake news nas redes sociais, além de cometer crimes de incitação de ódio e violência. Na época, a Justiça ordenou que alguns perfis ligados ao blogueiro fossem bloqueados, solicitou os dados cadastrais de Allan e também a suspensão da monetização em contas vinculadas a ele. Além disso, Moraes chegou a citar um relatório da Polícia Federal em que chama o Telegram de “um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”. O cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, se desculpou por não ter respondido à decisão judicial do STF. De acordo com ele, o motivo da negligência seria uma “falha” na troca de e-mails entre a empresa e o Supremo Tribunal Federal. Depois de acatar as medidas nos canais específicos, o Telegram se comprometeu em colaborar com o órgão, bem como acompanhar de perto a mídia brasileira, promover informações verificadas e seguir a legislação brasileira. Com informações: TechCrunch, Bussiness Insider