Como encontrar pessoas próximas no TelegramComo criar uma pasta com chats no Telegram
O grupo contava com aproximadamente 67,2 mil membros no início de maio e não está mais acessível desde a semana passada. A comunidade suspensa era chamada “Super Grupo B-38 Oficial”, nome que faz referência ao partido Aliança pelo Brasil, que Jair Bolsonaro tentou criar após deixar o PSL. As últimas mensagens foram enviadas em 6 de maio. Agora, ao tentar acessar o grupo, o Telegram notifica o usuário com a seguinte mensagem: No Twitter, o perfil do grupo B-38 também compartilhou um vídeo em que o presidente Bolsonaro agradece o apoio dos usuários.
Telegram segue STF e reforça combate a fake news
O Telegram já havia começado a implementar essa política de moderação exigida pelo Supremo Tribunal Federal para que a plataforma não fosse suspensa no Brasil. Em março, o mensageiro chegou a ser bloqueado temporariamente à pedido da Polícia Federal e por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que argumentou que a disseminação de informações falsas prejudicava a integridade das eleições de 2022. Ainda em março, o Telegram passou a deletar posts do canal oficial do presidente Bolsonaro e começou a monitorar os cem grupos mais populares da plataforma. No mesmo mês, o mensageiro assinou o Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), forçando-o a combater conteúdos falsos relacionados ao processo eleitoral. Entre os cem canais mais populares que passaram a ser monitorados pelo Telegram, estão o perfil oficial do presidente e também o grupo, agora suspenso, B-38. Conforme apurado pelo Globo, parte desses chats seguiam a disseminar desinformação relacionada ao processo eleitoral até o último domingo. A suspensão do maior canal pró-Bolsonaro na plataforma gerou uma série de discussões entre usuários pertencentes a outros grupos extremistas e armamentistas, segundo informações do Globo. Entre as mensagens, falava-se que, com a mudança na política de moderação do mensageiro, já era de se esperar que as comunidades mais radicais fossem derrubadas. Também foi questionado se o Telegram está aplicando as exigências das autoridades brasileiras apenas em grupos de “extrema direita”, ou se o mesmo está sendo feito em comunidades “radicais de esquerda”.
Dezenas de outros canais extremistas ainda estão no ar
A apuração do Globo identificou ainda dezenas de outros chats que seguem compartilhando conteúdos extremistas e similares ao que veiculavam no B-38. Nesses grupos, vários ataques ao atual processo eleitoral, às urnas eletrônicas, e ao TSE e STF seguem acontecendo via Telegram. Segundo o Globo, há também diversas “teorias de conspiração” envolvendo um suposto golpe ou “complô” contra o presidente circulando pelo mensageiro. Além disso, o jornal identificou a existência de dezenas de grupos antissemitas e nazistas no Telegram que seguem funcionando, mesmo com mensagens claramente racistas e que fazem apologia a Adolf Hitler, por exemplo. Com informações: O Globo