Hoje, o Twitter considera a suspensão vitalícia como o nível mais alto de punição. Tal como a própria empresa afirma, as contas são removidas para sempre, e o infrator não tem a permissão para criar novas contas. De acordo com o Financial Times, já faz alguns meses que o Twitter começou a reavaliar suas políticas. Segundo a reportagem, a plataforma quer rever a forma como lida com conteúdos considerados prejudiciais — que incluem: desinformação, discurso de ódio e incitação à violência. Ainda segundo o FT, a companhia não estaria apenas procurando maneiras de evitar os banimentos vitalícios, como também estaria analisando de perto seus métodos de moderação. Hoje, eles incluem os controles em que os usuários podem escolher quem responde aos seus tweets, avisos de leitura que fornecem contexto para uma publicação e rótulos de avisos em postagens e contas públicas. Questionado sobre isso, o Twitter disse apenas estar “sempre examinando as regras”, bem como “as ferramentas e recursos que podem incentivar uma conversa saudável.” “Nossos princípios fundamentais – escolha e controle, transparência, legitimidade, e justiça – têm guiado nosso trabalho há anos e, à medida que a conversa pública continua a evoluir, nossa abordagem também o fará”, concluiu.
Retorno de Trump à plataforma pode não acontecer
Em meio ao acordo de compra do Twitter, Elon Musk criticou a rede social por ser, segundo ele, muito restritiva quando o assunto era a moderação de discursos. Em abril passado, Musk chegou a defender que o Twitter seja uma “arena para a liberdade de expressão” e que a plataforma se tornou uma “praça de fato”. Um mês depois, o empresário disse que removeria o banimento permanente do ex-presidente dos EUA Donald Trump, caso ele de fato comprasse a empresa. No entanto, diante desse cenário, a reportagem do Financial Times diz que essa reversão é improvável, dado que o Twitter não estaria reavaliando os banimentos de quem violou sua política contra incitação à violência. O foco da empresa seria reverter a suspensão de contas suspeitas de ofensas “menores”, como: disseminação de informações falsas, por exemplo. No final de semana passado, o Twitter restringiu a conta do rapper Kanye West e disse que removeu publicações de cunho antissemita — tal como informou a Reuters. Com informações: Ars Technica e Financial Times