O Yahoo abriu um processo contra a Mozilla em 1º de dezembro, alegando que um acordo entre as duas empresas foi encerrado indevidamente. Nesta terça-feira (5), a criadora do Firefox entrou com outro processo, desta vez por quebra de contrato.
É assim: em 2014, o Yahoo concordou em fazer pagamentos anuais para a Mozilla colocar seu buscador como padrão no Firefox. Isso valia apenas para alguns países, como Estados Unidos, Canadá, Hong Kong e Taiwan — o navegador continuava usando o Google no Brasil, por exemplo. O contrato permitia que a Mozilla desistisse desse acordo, e ainda recebesse US$ 375 milhões por ano até 2019, se não concordasse com um possível comprador futuro do Yahoo. Foi uma cláusula colocada pela então CEO Marissa Mayer. Então, em 2016, a operadora americana Verizon comprou o Yahoo. Ela juntou a empresa à AOL — adquirida um ano antes — para formar a Oath. A Mozilla claramente não gostou desse negócio, e desistiu de seu acordo com o Yahoo; o Firefox Quantum voltou a usar o Google como buscador padrão. Aqui entra a disputa judicial. O Yahoo não quer mais pagar os US$ 375 milhões anuais, dizendo que o contrato não reflete sua situação atual. Enquanto isso, a Mozilla diz ter direito a esse dinheiro — que corresponde a 90% de sua receita. Em comunicado, a Mozilla diz que rescindiu o contrato com o Yahoo “baseada em uma série de fatores, incluindo fazer o melhor para nossa marca, nosso esforço para fornecer buscas de qualidade na web, e a experiência de conteúdo para nossos usuários”. Segundo ela, “ficou claro que continuar a usar o Yahoo como nosso buscador padrão teria um impacto negativo em todos esses itens”. E assim começa a briga Yahoo vs. Mozilla. Com informações: Engadget, TechCrunch.