Proposta reciclada

Um dos primeiros smartphones baseados na ideia de duas telas dobráveis foi o Kyocera Echo, lançado em 2011. Rodando o Android 2.2 Froyo, o dispositivo tinha dois painéis TFT de 3,5 polegadas com resolução de 800×480 pixels. Conceitualmente, a maior diferença em relação ao Axon M é que a tela secundária do Kyocera Echo vira para dentro, assumindo um formato de laptop. Dava até para colocar um teclado virtual na segunda tela. No modelo da ZTE, a tela secundária dobra para fora. Se você virá-la totalmente, o segundo visor vai para a traseira, fazendo o aparelho lembrar a linha YotaPhone. Esse é o modo de tela única e que remete ao padrão de uso com o qual estamos acostumados. Como tal, somente o display frontal fica ativado. O mais interessante, provavelmente, é o modo estendido. Com ele, as duas telas do ZTE Axon M são usadas ao mesmo tempo, lado a lado, com uma servindo de extensão para a outra. É um modo que lembra vagamente o uso de dois monitores em um PC. Você pode recorrer a esse formato para atividades como visualizar fotos ou ler documentos em tamanho maior. Só que as bordas que separam as duas telas podem frustrar a experiência. Por conta disso, talvez valha mais a pena recorrer ao modo dual, que permite que cada tela exiba aplicações diferentes. Você pode ter um navegador em uma e um app de rede social na outra, por exemplo. Há ainda o modo espelho, que mostra o mesmo conteúdo nas duas telas. Se você virar o segundo visor parcialmente, formando um ‘V’ invertido, dá para deixar o ZTE Axon M sobre a mesa de modo que duas pessoas possam assistir a um filme, cada uma com a sua tela. Para alternar entre os modos, basta tocar na letra ‘M’ que aparece ao lado dos botões virtuais do Android.

Especificações e disponibilidade

No restante das especificações, o Axon M traz 4 GB de RAM, 64 GB de espaço para armazenamento de dados expansíveis com microSD de até 256 GB e processador Snapdragon 821 com GPU Adreno 530. É um chip potente, só que de 2016. Provavelmente a ZTE quis reduzir os custos do aparelho ao fazer essa escolha. O desempenho certamente é excelente, mas um Snapdragon 835 seria mais interessante, inclusive por consumir menos. Esse é um detalhe relevante, afinal, o Axon M tem bateria de 3.180 mAh — pode ser pouco para duas telas.

Por conta do formato incomum, o dispositivo traz apenas um módulo para fazer as vezes de câmera frontal e traseira. Trata-se de um sensor de 20 megapixels com lente de abertura f/1,8, flash dual LED e gravação de vídeo em 4K. Outras característica incluem porta USB-C, entrada para fones de ouvido, dois alto-falantes externos e Android 7.1.2 Nougat. No fim das contas, o Axon M é um smartphone um tanto bizarro, com um formato que dificilmente emplacará, mas que, mesmo assim, consegue ser interessante. Só não será fácil encontrá-lo: o aparelho será lançado a partir de novembro apenas em alguns países da Europa e Ásia, além dos Estados Unidos. O preço deve oscilar entre US$ 600 e US$ 750. Com informações: Engadget

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